A QUESTÃO DA SUBJETIVIDADE EM MONTAIGNE E FERNANDO PESSOA: A ESFINGE E O ENIGMA

Gilmar Henrique da Conceicao

Resumo


Este texto busca explorar o importante ví­nculo entre filosofia e literatura, a partir de reflexões sobre a subjetividade, que pode ser formulada assim: o eu pode atingir o ser? Ainda que a questão possa ser problematizada, em Montaigne e Fernando Pessoa as ideias de –ser- e de –não ser- não são diretamente teorizadas, por nenhum dos dois. E mais: a ideia de ser e de não ser não são teorizadas, porque lhes parece que são conceitos impermeáveis à razão, porém sua busca não cessa nunca. No esforço contí­nuo pela verdade não se encontra –a Verdade-, mas verdades, ou melhor, –opiniões-. Em tais autores, o eu está na busca e, nesse movimento, podemos ver fragmentos do eu em ação. Nesta viagem sem fim parece que se quer tudo ao mesmo tempo e ambos os autores nos levam em todas as direções. De modo que há neles uma valorização da alteridade e do diferente. Ambos querem conciliar com todos os contrários. Ambos representam a vivacidade do pensamento e o incômodo do pensador e do poeta, naquilo que sempre foi o horizonte da filosofia: a liberdade.

Palavras-chave


subjetividade; Montaigne; Fernando Pessoa

Texto completo:

PDF


Direitos autorais 2015 Revista Filosofia Capital - ISSN 1982-6613

Portal Eletrônico: Revista Filosofia Capital _________________________________________________________________________________________________________________ Licença Creative Commons
FILOSOFIA CAPITAL de REVISTA FILOSOFIA CAPITAL está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em www.filosofiacapital.org/. _________________________________________________________________________________________________________________________ Copyright 2006. Revista Filosofia Capital-RFC ISSN 1982-6613 Brasí­lia-DF. Todos os direitos reservados.